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segunda-feira, 9 de abril de 2018

MANDA ESSE LIXO JANELA ABAIXO: A DIREITA E O LULISMO COMO IDEAL POLÍTICO.

O discurso de Lula, um pouco antes de entregar-se aos seus facínoras, pareceu muito atravessado pela angústia de quem vê tudo como num gesto de despedida. Todavia, a violência da direita tem dado razão à declaração do ex-presidente de que deixava de ser um homem para tornar-se uma ideia.

E tudo o que tem a  acontecido agora, faz perceber que, em relação ao Lula, o massacre apenas reforça o sentimento quase mítico de quando conheci as ideias de um homem que pretendia melhorar o mundo. 

Foi em 1994 quando havia acabado de chegar ao Seminário Diocesano Leão XIII, em Tocantinópolis. Eu era um garoto com sonhos pueris. 

Quem foi seminarista, até o final da década de 1990 quando os meios eletrônicos ainda não haviam eliminado o encanto da leitura de cartas, sabe o quanto é encantador o anúncio de uma correspondência em seu nome. 

Pois foi numa ocasião assim, em 1994, que recebi um cartão da campanha presidencial de Luis Inácio Lula da Silva, primeira eleição presidencial na qual votei. O cartão era simples, na frente o homem barbudo, no verso um trecho de cachorro urubu do Raul Seixas:

Todo jornal que eu leio 
Me diz que a gente já era
Que já não é mais primavera
Oh baby... oh baby...
A gente ainda nem começou.

A minha vida, naquele momento inicial, prometia ser toda ela de entrega e de promoção de outras vidas e, a poesia musical parecia falar de mim e de todos os que sonhavam com um Brasil melhor.

Conheci, também naquele tempo, o ódio egoísta dos que amam a ordem apenas pelo seu caráter desigual.

Hoje com a elite da segurança nacional, que ganham rios de dinheiro sem fazer absolutamente nada que justifique o que ganham, vociferando ódio contra um ex-presidente com mais de 70 anos de idade, reforço a consciência de que a ideia de construção de uma sociedade com menos privilegiados e mais Brasil para todos é um dever herdado do lulismo. 

E nisso, o ódio da direita ajuda porque reforça nosso ânimo.