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domingo, 28 de agosto de 2011

RICARDO TEIXEIRA E REDE GLOGO: O POVO INSTRUMENTALIZADO

Quando chega a Copa do Mundo o Brasil pára. Muitos brasileiros pintam as ruas, enfeitam as casas, pintam os corpos e, no dia da derrota da seleção, choram. Mas quantos brasileiros sabem que a Seleção Brasileira de Futebol é um negócio privado? Pior, quantos sabem que é um negócio privado financiado com dinheiro público em benefício da Rede Globo e do senhor Ricardo Teixeira? Muitos ignoram essas circunstâncias. Mas, o pior é que se todos soubessem disso, nada mudaria porque o povo brasileiro considera a corrupção um fato natural.
A naturalidade com que o povo encara a corrupção e as práticas criminosas da elite (política) permite antever que entre o não-saber e o saber não há qualquer diferença, o povo não importa. Isso só é contraditório quando se trata da Globo. Os fatos, sobre qualquer crime, podem estar escancarados, mas se a Globo não diz nada, fica a impressão que nada está acontecendo. Qunado a Globo noticia, bingo, derrepente o povo acorda indignado.


Então, quem sabe muito bem disso é o Ricardo Teixeira ele, numa revistinha de quinta (acho que acreditava que o Brasil nem ficaria sabendo) deixou tudo isso muito claro. E, de fato, o Brasil nem viu, ouviu, ou se importou. A repórter Daniela Pinheiro (da revista cuja existência eu desconhecia) registrou o diálogo com o Teixeira, de modo que se pode ler na transcrição: 

“Caguei montão [para as denúncias da imprensa].
O neguinho do Harlem olha para o carrão do branco e fala: ?quero um igual?. O negro não quer que o branco se foda e perca o carro. Mas no Brasil não é assim. É essa coisa de quinta categoria”
“Meu amor, já falaram tudo de mim: que eu trouxe contrabando em avião da seleção, a CPI da Nike e a do Futebol, que tem sacanagem na Copa de 2014. É tudo da mesma patota, UOL, Folha, Lance, ESPN, que fica repetindo as mesmas merdas.”
“Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou.”
“Esse UOL só dá traço. Quem lê o Lance? Oitenta mil pessoas? Traço. Quem vê essa ESPN? Traço.”
“Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional.”
“Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito com a Globo.”

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