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segunda-feira, 2 de abril de 2012

O CASO DO SENADOR DEMÓSTENES TORRES: RETRATO DA POLÍTICA NO BRASIL

Demóstentes e Carlinos Cachoeira, ligações perigosas e criminosas.
A primeira coisa que eu sempre soube sobre o Demóstenes Torres é que ele é um fascista e, como todo fascista, haveria de ser também corrupto. Não chega a ser uma vergonha para o nosso Senado, porque é muito difícil que naquela casa alguém tenha vergonha.

Demóstenes Torres foi eleito em Goiás fazendo o papel que sabe fazer melhor, o de moralista. Parecia, durante a campanha eleitoral, que ele era a última voz da moralidade, as últimas mãos limpas do Senado Federal.

Sua campanha foi marcada pela voz emocionada de uma senhora supostamente viciada em Crak, problema que Demóstenes prometia combater. Era o delegado enfrentando o crime. E, no Senado, quando aparecia na TV, ainda parecia cuidar da imagem que o fez senador. Tudo marketing. Não que eu ignorasse isso. Mas nesse ponto, se torna inevitável questionar, existe alguém limpo no Senado? Sempre acreditei muito em Cristovam Buarque.

Quanto à Demóstenes, com brilhantismo Alexandre Garcia disse dele que “até parece o clássico "o médico e o monstro" - numa só pessoa, Doctor Jeckill e Mister Hyde - um caso de dupla personalidade. Demóstenes, a serviço da ética no Senado e Demóstenes a serviço de um contraventor. Em 2007, o acusador severo de Renan Calheiros. Na semana passada, foi pedir ajuda ao senador Calheiros, que lhe prometeu solidariedade”.

A coisa é tão grotesca que o advogado desse cara de pau questiona a legalidade das gravações. Ora, o problema aqui são os crimes e não a descoberta. Não duvido nada de que ele saia ileso e se eleja, com milhares de votos goianos, para mais uns cinco mandatos.

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