Todos sabemos que as condições de trabalho da polícia no Estado do Pará são precárias. No nosso Estado do Pará, a segurança pública é um caos. Um caos porque falta infra-estrutura, e um caos porque, com um salário ruim, muitos policiais tornaram-se afeitos à extorção, cada vez mais cotidiana no meio policial. Trata-se de um grupo de servidores familiarizados com a brutalidade, a brutalidade do seu dia-a-dia, no que diz respeito à dignidade de trabalho que lhes falta, e a brutalidade com que tratam as pessoas mais simples da sociedade, porque têm uma formação insuficiente no que diz respeito ao respeito à pessoa, ao cidadão que, para muitos são apenas aqueles poucos que têm dinheiro. O sentimento de insatisfação está dando lugar a um movimento grevista. A grande imprensa noticiou que as polícias militares e civís e o corpo de bomeiro militar do Estado do Pará estão em Estado de Greve, aquartelados, como dizem os próprios militares. A sociedade sabe que militares não têm direito à greve, bem como que a reinvindicação da polícia é inviável. Mas, eles estão em greve.
Tenho certeza que a polícia merece um bom salário, assim como sei que deveriam ter uma formação com foco para o respeito à dignidade da pessoa. Certeza maior é a de que não vão conseguir um aumento de 100%, como querem, mas vão conseguir, no míninimo, o aumento de 14%, como oferece o governo.
A categoria quer 100% de reajuste no soldo para repor perdas de 65%, desde 1995, segundo o Dieese. Outras reivindicações como o pagamento do adicional de interiorização, o aumento da gratificação de risco de vida de 50% para 100%, o aumento de 100% do auxílio moradia e creche e o fardamento no contracheque foram reivindicações que ficaram de ser analisadas depois de março. Os policiais também exigem coletes à prova de bala e melhorias nos alojamentos.
Se fosse uma greve da educação, como aconteceu, os resultados seriam imprevisíveis e as conquistas seriam nenhuma. Mas é a polícia, e da polícia o Estado precisa. O Estado não precisa de educação porque dificilmente algum gestor público põe algum parente para estudar em escola pública. Mas, no caso da polícia, é ela que está aí para garantir mais a segurança do Estado, considerando aqueles que o representam, que a sociedade, dependente dessa segurança que inexsite.
A categoria quer 100% de reajuste no soldo para repor perdas de 65%, desde 1995, segundo o Dieese. Outras reivindicações como o pagamento do adicional de interiorização, o aumento da gratificação de risco de vida de 50% para 100%, o aumento de 100% do auxílio moradia e creche e o fardamento no contracheque foram reivindicações que ficaram de ser analisadas depois de março. Os policiais também exigem coletes à prova de bala e melhorias nos alojamentos.
Se fosse uma greve da educação, como aconteceu, os resultados seriam imprevisíveis e as conquistas seriam nenhuma. Mas é a polícia, e da polícia o Estado precisa. O Estado não precisa de educação porque dificilmente algum gestor público põe algum parente para estudar em escola pública. Mas, no caso da polícia, é ela que está aí para garantir mais a segurança do Estado, considerando aqueles que o representam, que a sociedade, dependente dessa segurança que inexsite.
Desejo aos meus companheiros militares, também servidores públicos, toda sorte nesse movimento. Estou convicto que vão lograr êxito, mesmo porque sei que exigir 100% de aumento foi apenas uma estratégia, não um objetivo a ser alcançado.