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terça-feira, 31 de julho de 2012

O MENSALÃO: UM MAL NECESSÁRIO?

Como são escolhidos os secretários? Como se vence uma licitação?
Quem já leu Maquiavel sabe que existem males necessários. O mensalão existiu, quem não sabe disso é porque não cresceu mentalmente. A falsa moral concorre para uma condenação do PT e do próprio Lula; mas, de modo geral persiste, na sociedade, uma conformação que na prática implica numa aceitação do “crime”. A estes conformados me junto, não porque concordo com a normatização do crime, mas porque penso que a culpa não foi do PT ou do Lula, mas de um Congresso Nacional viciado que só aprova ou desaprova de acordo com interesses que lhe são próprios, ou dos seus apaniguados.

Haveria, sem uma mesada em troca de aprovação aos projetos encaminhados ao Congresso Nacional, algum programa social símbolo da redução da desigualdade social iniciada no governo do Lula? Não tenho dúvidas que sem essa compra do Congresso o Brasil ainda seria aquele país do PSDB em que ao pobre cabia a miséria estamentária. Na verdade tínhamos estamentos, os pobres ficavam mais pobres e os ricos mais ricos. Havia pouca esperança porque nem mesmo ter uma profissão, como professor por exemplo, significava alguma coisa; o professor Fernando Henrique Cardoso nos ensinou isso.

Nesse início de agosto, às vésperas do período eleitoral, iniciam o julgamento do mensalão. Existe uma discussão política em torno do julgamento. Pouco importa o crime. A sociedade não dá a mínima porque já consagrou a normalidade do crime de colarinho branco e as autoridades porque nunca se preocuparam com a promoção da justiça, exceto quando é para derrubar algum adversário político. A discussão política também é pobre porque a essa altura os da direita já descobriram que não existe esquerda e que o povo brasileiro é amoral, exceto quando é para esculachar a filha ou o filho da vizinha.

Com créditos da professora Flávia, uma mulher que prefere saber.
De resto, sei que o texto que escrevi sobre o filme pornô da Xuxa vai continuar na lista dos mais lidos porque esse povo brasileiro de “Avenida Brasil” e de um fantástico que só exibe ninharias prefere mesmo saber sobre o par de crepúsculo a encarar a dura realidade de universidades caindo aos pedaços, hospitais sem leito e sem médicos, policiais executando pretos pobres e outras mazelas várias.

Existe uma conformidade que só a ignorância pode permitir. Mas a ignorância, para o grosso da população, não decorre do não poder saber, mas do desejo de não saber. Não saber é cômodo. Não saber é fundamental.  

Como são escolhidos os secretários de uma prefeitura? O que significa a fatia de cargos entre os partidos para formar uma base governinsta num Estado ou numa prefeiturazinha do interior do Brasil? O que é isso? Não seria isso também um mensalão, uma venda de um cargo público?

O que me deixa chateado é que, às vezes, me põem entre esse povo-massa que não sabe, e quando sabe ignora.