A velha nova greve da educação goiana. De prático, o de sempre, nenhuma conquista. |
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Goiás (Sintego), a paralisação atingiu 70% das escolas na capital e 80%, no interior. "A mobilização terá continuidade e a expectativa é de que nos próximos dias estes números sejam maiores", declarou a entidade em nota. Mas, porque a greve acontece tão próxima do período eleitoral, se os problemas são tão antigos?
Em 2008, também em período próximo de eleições, o Sintego levou a categoria a uma greve. Qual foi o resultado? Para os professores, corte no salário; Para o Sintego, a nomeação do presidente, Domingos Pereira, a secretário municipal de educação no município de Aparecida de Goiânia, um dos mais importantes do Estado. Então, à guisa de resposta à temática desse artigo, respondo que o fim das greves em Goiás, invariavelmente, é usar os professores como massa de manobra para atender os interesses da coordenação/presidência do Sindicato.
Isso não acontece só em Goiás. Aqui no Pará tivemos uma greve que durou cerca de 60 dias. O que o ganhamos? Nada. Aqui também o Sindicato, no caso o SINTEPP, usou a categoria para suas brigas particulares com o governo do Estado. No entanto, aqui o sindicato briga por espaço dentro do governo, em Goiás, a briga é mais descarada. Em Goiás, a briga é por cargo.
É bom que os professores em Goiás considerem, os ainda inocentes, que o secretário de educação de Goiás, não entende nada de educação. O cara é um economista. Ele entende de mercado, e educação não se confunde com questões mercadológicas.
Outro fator, a imprensa goiana é comprometida com o Estado, principalmente quando se trata das organizações Jaime Câmara. A mesma coisa acontece aqui no Pará. A imprensa paraense é comprometida com o governo estadual. Do contrário, como pensar a imprensa livre? Isso seria utopia. A impresa recebe do Estado, e o Estado mantém relações comerciais com a iniciativa privada, o segundo sujeito que mantém a imprensa funcionando. Não há imprensa livre!
Não espere o Sintego ser notícia. Aliás, torça o Sintego para não ser notícia.
E, para concluir, enquanto professores, somos insignificantes sim! O Estado não precisa de professores, na verdade, o Estado não deseja qualquer trabalho qualitativo no sentido educacional, e se assim o é, quanto maior o grau de marginalização do professor, melhor para o Estado. Povo bom, é povo burro! Então, porque valorizar professor? De que outra forma o Marconi seria eleito?