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terça-feira, 3 de abril de 2012

O CRIME DOMINA GOIÁS: OPERAÇÃO MONTE CARLO

A revista Carta Capital, um dos poucos veículos de comunicação a posicionar-se de forma crítica nesse país, é, por mostrar ao povo os desdobramentos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, a bola da vez na mira de Marconi Perillo, governador de Goiás. Silenciar os críticos, como forma de manter-se sem oposição é uma da tática que remonta ao coronelismo, fenômeno político-social e econômico que marcou a realidade brasileira, principalmente no norte e nordeste entre os anos de 1889 a 1930. Aqui e ali ainda se podem encontrar alguns resquícios dessa prática. Em Goiás, Marconi a revive de um modo que ninguém pode fazer melhor.

O Governador, que sempre fez o discurso da estruturação e racionalização do Estado, no sentido de organização administrativa, finalmente organizou o Estado, mas para cometer crimes. Então, agora ao que tudo parece, temos um Estado Organizado. Mas não orgnizado de modo convencional. Temos um Estado Organizado sob a batuta de Carlinhos Cachoeira e seguido de seus comparsas, entre os quais Marconi Perillo, Demóstenes Torres, Jovair Arantes, Carlos Leréia, entre outros. 



Não é só Marconi que pode estar envolvido. A reportagem de capa de “Carta Capital”, assinada pelo jornalista Leandro Fortes, aborda documentos, gravações e perícias da Operação Monte Carlo que indicam uma sinergia total entre o esquema do bicheiro, Demóstenes e o governador de Goiás, Marconi Perillo.


Uma gravação telefônica de 5 de janeiro de 2011 entre Cachoeira e seu principal auxiliar, Lenine Araújo de Souza, vulgo Baixinho, captada por agentes federais, mostra a interferência do bicheiro no governo de Perillo.


De Miami, o empresário recebe a notícia de que um de seus indicados para o governo de Goiás, identificado apenas por Caolho, foi preterido sem maiores explicações, aparentemente sem o conhecimento do governador. “Marconi, hora que souber disso (sic) vai ficar puto”, reclama o bicheiro, no telefonema a Souza. E acrescenta, a seguir: “Já mandei avisar ele (sic)”.

A reportagem também informa que Demóstenes recebeu ordem de Souza para falar diretamente com o governador – que nega envolvimento no caso – sobre o assunto. Esta, no entanto, não foi a única interferência do bicheiro no governo de Perillo, segundo a PF. Há registro de conversas em que Cachoeira se mostra incomodado com a atuação de um coronel em Anápolis, que poderia atrapalhar os seus negócios.

Na semana passada, CartaCapital revelou que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino comandado pelo bicheiro – e que movimentou, em seis anos, 170 milhões de reais.

Sabe-se agora que Demóstenes Torres, ex-procurador, ex-delegado, ex-secretário de Segurança Pública de Goiás, mantinha uma relação direta com o bando de Cachoeira, ao mesmo tempo em que ocupava a tribuna do Senado Federal para vociferar contra a corrupção e o crime organizado no País.

O senador conseguiu manter a investigação tanto tempo em segredo por conta de um expediente tipicamente mafioso: ao invés de se defender, comprou o delegado da PF.

Deuselino Valadares foi um dos 35 presos pela Operação Monte Carlo, em 29 de fevereiro. Nas intercepções telefônicas feitas pela PF, com autorização da Justiça, ele é chamado de “Neguinho” pelo bicheiro. Por estar lotado na DRCOR, era responsável pelas operações policiais da Superintendência da PF em todo o estado de Goiás. Ao que tudo indica, foi cooptado para a quadrilha logo depois de descobrir os esquemas de Cachoeira, Demóstenes e mais três políticos goianos também citados por ele, na investigação: os deputados federais Carlos Alberto Leréia (PSDB), Jovair Arantes (PTB) e Rubens Otoni (PT).

Então, ao que tudo indica Goiás, roubando a posição de Brasília, está se convertendo num grande esgoto de corrupção.

Da minha parte nunca duvidei de que o “homem da camisa azul” não era brincadeira. Coronel de último naipe, protegido pela truculência e barbárie da Rotam, e ancorado num judiciário ineficaz no combate à corrupção, Marconi, em pleno século XXI, tem sistematicamente condenado, aqueles que ousam falar a verdade, ao silêncio sepulcral. No domingo Carta Capital não circulou em Goiânia. E ele tem força para tirar qualquer bloguizinho ou jornalzinho que o desafiar. Quanto às organizações Jaime Câmara, ou ao “Diário da Manhã”? Humm! Doce paz, livre circulação..