A
MRV Engenharia[1]
informou nesta quarta-feira (2) que uma das filiais da construtora mineira foi
incluída no cadastro do Ministério do Trabalho de empregadores que submeteram
funcionários a condições análogas às de escravidão, segundo a atualização mais
recente da lista.
Em
comunicado, a empresa disse que a inclusão é referente a uma fiscalização
conduzida em 2011, "em que foram identificadas supostas irregularidades
promovidas por empresa terceirizada que prestava serviços para a MRV, a qual
não trabalha mais para a companhia desde 2011".
A
empresa não especificou o projeto nem a localidade em que foram identificadas
as irregularidades.
Após
a divulgação da nota, ações da empresa eram as que registravam a
maior queda da Bovespa. Enquanto o principal índice de ações da Bolsa
brasileira subia mais de 2% às 10h16, os papéis da companhia caíam 3,92%.
Em
agosto do ano passado passado, a construtora e incorporadora mineira teve dois
projetos incluídos na lista do Ministério do Trabalho: Residencial Parque
Borghesi, em Bauru, e Condomínio Residencial Beach Park, em Americana, ambos no
interior de São Paulo.
Em
setembro, a empresa obteve liminar em mandado de segurança no STJ (Superior
Tribunal de Justiça) para ter seu nome retirado do cadastro.
No
comunicado de hoje, a companhia informou estar tomando medidas e ações cabíveis
para promover a exclusão de seu nome do cadastro "e prestar os devidos
esclarecimentos necessários junto aos órgãos competentes e ao mercado em
geral".
"A
MRV construiu uma reputação alicerçada na ética, na credibilidade e no respeito
a todos com os quais se relaciona e vem a público reafirmar seu compromisso com
a responsabilidade social", ressalta a companhia.
Representantes
da MRV e do Ministério do Trabalho não estavam imediatamente disponíveis para
comentar o assunto.
[1]http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1208987-construtora-mrv-volta-a-ser-incluida-em-cadastro-de-trabalho-escravo.shtml