O Instituto dos Servidores Públicos do
Estado de Goiás, o IPASGO, tem demonstrado como um órgão, numa gestão
incompetente e descompromissada socialmente, pode encarnar todos os vícios,
acrescidos de outros próprios do mau uso da máquina pública.
No IPASGO, ao mesmo tempo em que as
contribuições vão ficando cada vez mais altas, o serviço piora e criam
mecanismos que dificultam o contribuinte a ter acesso ao serviço pelo qual paga
somas vultosas.
O IPASGO tem sido, mais que qualquer
outra coisa, cabide de emprego para protegidos políticos dos aliados do
governador.
Quem conhece o prédio sede, só para
ilustrar com um exemplo, sabe que se trata de um amontoado de pessoas, sabe lá
Deus para quê. Um detalhe quase irritante a quem tem um mínio de crítica: se
sabe que todo servidor, pelo menos em teoria é alfabetizado, afinal passou por
algum tipo de seleção. Mesmo admitindo que, raro, exista segurado analfabeto, difícil
seria admitir que exista segurado que não reconhece os números de 1 a 10. Pois
bem, o IPASGO paga funcionário simplesmente para apertar o botãozinho do
elevador, como se alguém que adentrasse ali, sabendo do andar para onde vai,
não soubesse apertar um botão com o número do referido andar.
Isso só não é cômico porque é, por
demais, trágico. Eu, professor da UEG, que na qualidade de mestre, tenho um
salário bruto de R$ 3.220,40 tenho meu vencimento final reduzido a pouco mais
de R$ 2,680,00 –sem nenhum tipo de empréstimo – porque só para o IPASGO pago quase
R$ 300,00 – e meu plano é o básico. No entanto, como aconteceu hoje, 16/04,
para fazer um raio X de dente –que particular custa R$ 40,00 –precisei esperar
quase o dia todo por uma liberação do IPASGO em Goiânia, ao ponto de, pela
urgência que tinha do exame, pagar particular.
Isso não é irritante, isso é odioso.
Será, me pergunto, que nada no Estado de Goiás pode ser sério? Até quando o
servidor será submetido a esse tipo de abuso? Não se pode, num pais como o
Brasil, viver sem um plano de saúde, mas a situação do IPASGO é um caso grave
de polícia. Mas polícia, não os homens que servem o Marconi para fazer o que
ele quer, ou o que ele permite, e depois dizerem que são “pulicia”.