Mostrando postagens com marcador Operação Carne Fraca. Flávio Evers Cassou.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Operação Carne Fraca. Flávio Evers Cassou.. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 17 de março de 2017

FLAVIO EVERS CASSOU E A NOVA MORALIDADE BRASILEIRA

Cassou é o típico homem de bem para quem Sérgio Moro é um herói nacional. Cassou é o bom homem cristão, de caráter e moral irrepreensível. Cassou é o homem que não comete crime pelo simples fato de estar ligado aos criminosos certos, o grupo do PMDB.

Na mente doentia de Cassou, utilizar seu conhecimento de veterinária para fraudar laudos e, assim, permitir a venda, inclusive para consumo infantil, de carne pobre e com produtos que colocavam em risco a saúde das pessoas não é crime. Crime é apenas o que pessoas ligadas ao PT faz.

Flávio Evers Cassou é exemplo contundente de uma elite branca acostumada ao privilégio dos recursos públicos, que aprendeu a odiar qualquer ganho social da classe pobre e que destila seu ódio e seu veneno contra o governo do PT porque, no julgamento demente dessa elite, apenas esse partido, por promover algum ganho para as classes pobres, roubou e cometeu crime. Segue texto de "O Globo":

Alvo da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, o médico veterinário Flavio Evers Cassou, funcionário da Seara, empresa controlada pelo grupo JBS, publicou posts no Facebook pedindo rigor da Justiça e exaltando rigidez de caráter. Nesta sexta, ele foi preso e teve os bens bloqueados durante a ação da PF para reprimir uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários e empresários. A polícia se refere a Cassou como executivo da Seara, mas a empresa garante que o cargo dele é de médico veterinário.

A Operação Carne Fraca foi desencadeada após quase dois anos de investigação. A PF emitiu mandados de prisão e busca e apreensão ao constatar que superintendências regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam para proteger grupos empresariais em detrimento do interesse público. Irregularidades como reembalagem de produtos vencidos, propina e venda de carne imprópria para consumo humano foram encontradas.

O perfil de Cassou informa que ele trabalha no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Segundo a JBS, ele é funcionário da empresa, mas está cedido à pasta. Ainda de acordo com a página no Facebook, o profissional estudou Medicina Veterinária na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Em uma postagem feita por Cassou no dia 6 de janeiro de 2015, o veterinário compartilhou um artigo que exalta o trabalho do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos de 1ª instância da Operação Lava-Jato. "Se o juiz Sérgio Moro (foto) desaparecesse hoje, boa parcela dos empresários que representam o PIB nacional se sentiria aliviada (...) E teríamos festa nos arraiais do PT e seus assemelhados", diz o primeiro parágrafo do texto.

Em seus posts, o funcionário preso mostra que é opositor do Partido dos Trabalhadores (PT). Ainda em janeiro de 2015, ele republicou um post da página "Dilma Rousseff, NÃO", que pedia ironicamente a importação de juízes da Indonésia depois da vinda de médicos cubanos. Na ocasião, a imprensa do Brasil repercutia a execução de dois brasileiros condenados no país asiático por tráfico de drogas.

Às vésperas do primeiro turno das eleições de 2014, Cassou apoiava "tirar o Brasil do vermelho", ao pedir a saída do PT do governo. O executivo era crítico do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e da então candidata a Presidência Marina Silva. Ele compartilhou um publicação da página "União Contra a Corrupção" dizendo que a ex-ministra até teria "muitas qualidades", mas seria "fundamentalista religiosa", "comunista de carteirinha" e "amiga íntima do LULADRÃO".

No mural do empresário ainda há publicações de "adote um bandido", contra o auxílio-reclusão, citações de princípios do ex-presidente americano Abraham Lincoln e pregações de rigidez moral. "Ética é o que você faz quando está todo mundo olhando. O que você faz quando não tem ninguém por perto chama-se caráter", lê-se em uma imagem compartilhada por ele em dezembro de 2014.

"Da vida não quero muito... quero apenas saber que tentei tudo o que quis, tive tudo que pude, amei tudo que valia e perdi apenas o que, no fundo, nunca foi meu", sustenta outra publicação do criminoso, o que por ironia veio a acontecer.