O protagonismo discente tem sido uma marca do movimento |
De fato, para esse governo que nós
elegemos, e que já está no poder a muito tempo, graças aos nossos muitos votos,
a educação não é uma prioridade.
Há um antigo discurso, já muito
desbotado, que diz que os políticos não querem que a educação tenha qualidade
porque prefere o povo na ignorância. Acho isso muito simplista. Acredito que o
governo não se interessa pela educação porque, enquanto governo
democraticamente constituído, deve representar o interesse da maioria, essa é a
regra da democracia. E, o governo Marconi sabe muito bem, que a própria
sociedade goiana não valoriza a educação.
Claro, o problema da UEG é um problema
social, é o problema de uma sociedade que perdeu a consciência de si.
Caso houvesse essa consciência, nosso voto seria diferente.
Eu, realista que sou, não tenho dúvida
de que o senhor Marconi Perillo, receberá vultuosa votação nas próximas
eleições para exercer o quarto mandato à frente da sociedade goiana que segue,
mansamente, rumo à catástrofe.
Para os que ainda não sabem por que se
luta na UEG, segue um trecho de um texto publicado, via facebok, pelo professor
Neilson Mendes, da UEG Uruaçu:
Goiânia, 23 de Maio de 2013.
Ao Excelentíssimo Sr. Governador do Estado de Goiás
Marconi Ferreira Perillo Júnior
Assunto: Comunica decisão da assembleia
dos discentes, professores e técnicos administrativos da Universidade Estadual
de Goiás e solicita audiência com o Governador Marconi Ferreira Perillo Júnior.
Senhor Governador
Tendo em vista as propostas assinadas pelo Senhor, durante a reunião no Palácio das Esmeraldas concernentes a UEG, no dia 21 de Maio de 2013, e a pauta de reivindicação elencada pelo Movimento Mobiliza UEG, decidimos em assembleia do dia 22 de Maio em manter a greve tendo em vista os princípios norteadores;
a) A assembleia entende que a pauta de reivindicação
é objeto de discussão e apreciação do governador já que as garantias orçamentárias
dependem dos repasses definidos e sancionados pelo governador.
b) Cabe à reitoria a execução das propostas definidas entre o Movimento Mobiliza UEG e o Senhor Governador, já que a dita autonomia outorgada não é reconhecida pelo movimento. Isso se deve ao fato de que a lei de diretrizes orçamentárias, que garante os recursos de 2% das receitas líquidas, historicamente não vem sendo executada mensalmente à UEG.
c) Além disso, a dita autonomia outorgada da UEG sem a garantia do aumento do teto da receita (garantida e mantida em lei) é violada ao ampliar em mais três unidades da UEG – conforme promessa de campanha - sem a consulta da comunidade acadêmica em todas as instâncias da universidade;
Sendo assim, o Movimento Mobiliza entende que as seguintes reinvindicações abaixo listadas deve ser objeto de apreciação e definição do Senhor Governador para que o movimento de greve seja desfeito.
Inconformados com as propostas apresentadas pelo Senhor Governador, com a proposta de Comissão Paritária para definir pauta estudantil e salários após a greve mas ainda comprometidos com a construção de uma Universidade Estadual pública solicitamos audiência com o Governador. Nessa perspectiva, os participantes do Movimento Mobiliza UEG, formados por professores, alunos e funcionários, aprovaram em assembleia geral do dia 22 de Maio a seguinte pauta de demandas não atendidas, acompanhada de uma proposta de cronograma para a execução das medidas requeridas:
1- Aprovação da reformulação do Plano de Cargos e Vencimentos dos professores (Lei nº 13.842/2001), conforme pré-projeto encaminhado à V. Exa. pelo magnífico Reitor da UEG;
2- Realização de concursos públicos para docentes e funcionários técnico-administrativos para preenchimento de todas as vagas existentes no quadro da Universidade; indicar calendário e compromisso legal de aproveitamento imediato do cadastro reserva (Termo de ajuste e conduta (TAC)).
3- Reajuste dos vencimentos básicos dos docentes e funcionários correspondente às perdas acumuladas no período de maio de 2001 a abril de 2013 (descontadas as reposições já concedidas) em parcela única; 26,7% com garantia legal de prazos e indicando a origem das receitas a compor o reajuste;
4- Construção de Restaurantes Universitários em todas as unidades, iniciando pelas que funcionam durante mais de um turno diário; cronograma.
5- Construção de moradias estudantis; cronograma.
6- Reforma, ampliação e construção da infraestrutura das unidades, conforme as necessidades apresentadas; cronograma.
7- Ampliação das bibliotecas e atualização do acervo.
8- Ampliação das bolsas estudantis, assegurando os recursos necessários à concretização dessa medida (bolsa permanência, bolsa de iniciação científica, bolsa monitoria, bolsa estágio); 7.000 mil bolsas padrão CNPQ.
9- Equiparação salarial entre funcionários técnico-administrativos efetivos e não efetivos, de acordo com a titulação;
10- Aplicação do regime da CLT aos contratos de professores e funcionários não concursados/efetivos e eliminação dos atuais contratos temporários.
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