A
leitura é simplesmente maravilhosa, vejam algumas perólas:
Adulto: Pessoa que
em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)
Ancião: É
um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos).
Água: Transparência
que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos)
Branco: O
branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos)
Camponês: um
camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8
anos)
Céu: De
onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos)
Colômbia: É
uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos)
Dinheiro:
Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz
inimigos (Ana María Noreña, 12 anos)
Deus: É
o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)
Escuridão:
É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos)
Guerra: Gente
que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)
Inveja: Atirar
pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos)
Igreja: Onde
a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos)
Lua:
É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos)
Mãe: Mãe
entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)
Paz: Quando
a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos)
Sexo: É
uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)
Solidão: Tristeza
que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos)
Tempo: Coisa
que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)
Universo: Casa
das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)
Violência: Parte
ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)
O
dicionário está no livro Casa das estrelas: o universo contado pelas
crianças, uma obra que surpreendeu ao se tornar o maior sucesso da Feira
Internacional do Livro de Bogotá, no final do mês de abril. A surpresa
aconteceu especialmente porque o livro foi publicado pela primeira vez na
Colômbia em 1999 e reeditado no início desse ano.
É muito triste vermos adultos criando slogans totalmente maléficos às crianças. Hoje alguns acham engraçado, mas se esquecem que esse livro simplesmente está DESEDUCANDO as crianças. Não é porque uma criança diz que Igreja é o lugar onde vamos para perdoar Deus, que isso se torna uma verdade. Ao invés de batermos palmas e semelhante estultice e passar adiante a outras crianças, deveiamos ensinar a essa criança que ela está ERRADA e que Igreja é um lugar onde as pessoas vão pedir a Deus para serem perdoadas. Daqui a pouco vão relançar o livro daquela imbecil brasileira que pretendia ensinar às nossas crianças a escrever "nós vai" "a gente foi" "nós pega". Quando se ensina errado, é porque chegamos ao fim do poço. Temos de começar novamente.
ResponderExcluirCaro Roberto, já passou pela sua cabeça que as crianças possam ter o direito de pensar diferente? Já passou por sua cabeça que possa existir, mesmo entre os adultos, quem pense diferente sobre Deus?
ResponderExcluirMeu caro, pensamentos como o seu, constituem a evidência de todo mal que o cristianismo já promoveu, e tudo em função da intolerância. Ninguém nesse mundo matou mais que a fé. Ninguém matou mais que as religiões. Ninguém matou mais que Deus.
Perfeito!!!
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