Um dos expedientes mais obscuros e
recorrentes na estratégia de permanência no poder do Conde Drácula da política
brasileira, que também atende por Michel Temer, tem sido a cooptação de membros
do Supremo Tribunal Federal, que aliás de Supremo, tornou-se pequeno. A referida instância de poder da República
tem sido também uma das mais desprezadas pelos cidadãos brasileiros, resultado
do sistema de trocas intensificado a partir da chegada do Conde Drácula ao
poder.
Nessa lógica de relações abjetas a
intimidade e troca de favores entre Temer e Gilmar Mendes constitui exemplo de
tudo o que o brasileiro gostaria de superar. Sabe-se que a cassação da
presidente Dilma deveu-se, no que diz respeito ao supremo, num sistema de troca
que incluía, inclusive, o reajuste do judiciário. Mas nada se compara ao papel
vil a que se tem dedicado Gilmar Mendes. Esse, a troco de banana vende a
dignidade da toga.
Como Temer enfrenta um processo no
Superior Tribunal Eleitoral que poderia cassar a chapa Dilma/Temer e, por consequência
o seu mandato, Temer indicou o primo de Gilmar Mendes, Franscival Dias Mendes,
para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Irônico, o Jornal Folha de
São Paulo, no lugar de falar dessa nomeação imoral, noticiou que “ Temer tem
certeza que não será cassado por decisão do TSE”.
O que pensar de um Juíz que recebe benefícios, mesmo que indiretamente, do réu? O que dizer do juíz que viaja com o réu? O que dizer da justiça que, reiteradamente, se antecipa para fazer juizo de valor positivo do réu que ainda vai julgar?
A República se desintegra a cada dia. de fato, a Dilma não era política, no sentido da típica política brasileira. O que veio depois dela é pavoroso exatamente porque é político no sentido da política brasileira de todos os dias.
Gilmar e Temer, o Corvo e o Vampiro, constituem exemplos modelos daquilo que nos enoja.
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