sábado, 26 de outubro de 2013

CORONEL DA PM LEVA SURRA EM SÃO PAULO



Sexta feira, 25 de outubro de 2013, um grupo black bloc, anônimos que têm lutado por um Brasil melhor, deram uma surra no coronel Reynaldo Simões Rossi, comandante do policiamento da área central de São Paulo. Decorre daí, para o espírito popular, que uma sova num coronel é quase um espetáculo, porque eles têm batido tanto em nosso povo, que em algum momento a canção/poema do Vandré se resignifica:

E a gente fazendo conta 
Pro dia que vai chegar

Madeira de dar em doido 
Vai descer até quebrar
É a volta do cipó de aroeira 
No lombo de quem mandou dar

A violência reconhecida. É um fato reprovável, mas o sangue que a PM faz jorrar cotidianamente também o é.
Não estou dizendo que foi certo. Não estou dizendo que concordo. Violência é violência, independente da parte. Por outro lado, manifestações silenciosas e floridas não fazem nenhum tipo de diferença, posto que não sensibilizam nem repercutem. Às vezes os senhores dos castelos têm que ouvir à força, e é isso que dá sentido às práticas bleck bloc.

Quanto à polícia militar de São Paulo, como a do Rio de Janeiro, eles não são inocentes. Já tenho dito em outros momentos que a prática da polícia militar, principalmente no Rio e em São Paulo, traduzem o espírito ainda vivo dos tempos da ditadura, que encerrou-se em meados da década de 80 apenas legalmente, para na obscuridade das cadeias, das UPPs, dos matagais e terrenos baldios funcionar ainda mais crua. Trata-se de uma força do Estado com fundamento formativo alicerçado em três pilares: repressão, tortura e execução.

Mas os agentes da PM não são culpados. São também vítimas. Eles trabalham com o que têm, a ideologia da força. 

Somente o tempo dirá, mas esse episódio criminalizado pela mídia como ato terrorista contra a democracia no Brasil, que por esse gesto, agora está em perigo, certamente justificará práticas presumíveis de violência contra o povo, com ou sem máscaras.

2 comentários:

  1. Isso não vai ficar barato!
    Não queria estar na pele de quem deu ajudou bater no cel.

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  2. É o país e a repressão que vivemos. Na teoria, tudo seria resolvido na justiça, na prática, tortura, execuções, a lei do mais forte

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