Estou acompanhando as discussões sobre a criação dos novos Estados de Carajás e Tapajós. Por incrível que pareça, existem opiniões divergentes, e interesses divergentes também. No meu ponto de vista, num primeiro olhar, sobretudo a partir do exemplo que se tem, a divisão de Goiás, a criação de Tapajós e Carajás deveria parecer ao povo paraense não só conveniente, como uma necessidade urgente.Mas as vozes dissonantes, a turma do slogan "Pará, te quero grande", constituem um exemplo daqueles que dizem não à criação dos novos Estados.
Acredito até mesmo difícil que esse projeto obtenha êxito. E porque tenho minhas dúvidas? Porque um slogan ingênuo como esse "Pará, te quero grande" esconde uma série de interesses nada patrióticos e nada populares. Criar Carajás significa retirar a maior fonte de renda que o Estado do Pará possui, aqueles recursos oriundos da exploração mineral. Não criá-lo, por outro lado, é condenar o Sul do Pará a continuar o seu papel de manutenção do centro do Estado sem ter nada em troca.
Eu digo SIM porque não outra alternativa, não para quem olha a situação conjunturalmente, e não apenas sob o prisma de algum complexo edipiano. Digo sim, porque, como dizem os mais experientes, tamanho não é documento. E nesse caso específico, tamanho tem sido sinônimo de atraso, de esquecimento das políticas públicas e das formas mais elementares de civilidade.
Eu digo SIM porque não sou egoísta. Não me basta ver o Pará grande, quero ver o Pará melhor, quero ver o Brasil um país cada vez mais um país de todos. Vote SIM.
Faltaram argumentos mais contundentes. Superficial demais pra quem acompanha as discussões.
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