Esse fato impõe a necessidade de reflexão. Para estruturar meu colóquio, preciso remontar alguns fatos:
Quando fui aluno da UEG, entre 2004 e 2008, os problemas já eram os problemas de hoje, e as reclamações naquele momento, constavam de uma lista antiga para a qual o tempo não apresentou nenhuma solução.
Naquele tempo já dizia, em alto e bom tom, sobre a minha convicção de que a UEG ainda não era uma Instituição de Ensino Superior. E continua, de acordo com a regulação do Ministério da Educaçao, não sendo uma IES. Senão vejamos:
A UEG, em algumas unidades/campus, a exemplo de Niquelândia, não tem sequer um único servidor efetivo do seu próprio quadro. Na maioria dos cursos falta a formação mínima exigida pelo MEC ao quadro docente. As bibliotecas e o acesso à internet são verdadeiras piadas. Falta espaços físicos importantes como auditório, que funcionam em salas de aula com plaquetas nos umbrais em que se inscrevem "mini-auditório" cujo espaço não comporta quarenta pessoas.
Em setembro de 2012, passando pela Unidade Universitária de Uruaçu, por ocasião da sua campanha à reitoria da UEG, único momento em que os reitores visistam as unidades, o atual Reitor Haroldo Heimer me impressionou com a lucidez do seu discurso. Interpelado sobre os problemas estruturais da universidade, ele disse que determinadas conquistas cabiam aos professores num processo de luta coletiva. Tudo bem que a fala não se fez nestas palavras, mas o sentido era exatamente esse.
A UEG não tem sindicato, e é, penso, até melhor que não tenha porque o modelo de sindicato da educação aqui em Goiás, cito o SINTEGO, é uma desgraça completa.
Mas, não existindo o Sindicato, até que ponto um movimento autônomo consegue articular a participação engajada, tão necessária ao movimento reivindicatório? Concordo com o professor Edmilson, colega da Unidade de Uruaçu por cujas idéias e vida tenho apreço, que defende essa autonomia. De fato, os Sindicatos representam sempre uma negociação excusa com o patrão e não raras vezes, como é o caso do SINTEGO, constitui um tranpolim para algum cargo político às custas da alienação dos filiados.
Todavia, foi por não existir a articulação que a liderança possibilita que fiquei sabendo da existêncai da greve somente dois dias depois de deflagrada.
Peça publicitária da atual reitoria. A que custo? |
A luta não está iniciada porque ela sempre houve. Apenas um pequeno grupo luta, mas numa sociedade heterogênea, em relação a interesses, isso é inteligível. Muitos preferem o comodismo escandaloso, como o que há em Goianésia onde, onde a UEG é tratada como patrimônio pessoal ao ponto de recusarem disponibilizar vagas para concurso público.
Há muito do feio na UEG. Mas a esperança, corporificada pela luta, como o monstro que deve emergir da lagoa, é o que existe de mais bonito. E issa é a antítese da conformidade e dos ninchos de poder e comodismo dentro da instituição.
Os que dizem que defendem a UEG também podem ser seus inimigos. Me causa estranheza que a reitoria atual cuide tanto da sua imagem pública. Me revolta a instrumentalização da UEG com vistas a fins eleitoreiros. Me enoja a política do Marconi, como tenho náusea do conformismo da ala paritária da UEG.
Os que dizem que defendem a UEG também podem ser seus inimigos. Me causa estranheza que a reitoria atual cuide tanto da sua imagem pública. Me revolta a instrumentalização da UEG com vistas a fins eleitoreiros. Me enoja a política do Marconi, como tenho náusea do conformismo da ala paritária da UEG.
Meus parabéns pelo texto professor Moisés,gostei bastante, como sempre muito crítico e bem posicionado, o que me admira em vossa pessoa, pois tens a coragem de pronunciar e divulgar o que grande parte das pessoas pensa, mas que infelizmente não possuem coragem e audácia para dizer, preferem viver no conformismo e na obscuridade do que se manifestarem e expor o que realmente pensam.
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