O site do uol, que é ligado à
Folha de São Paulo, reproduziu uma matéria do jornal baiano a tarde, assinada
pelo jornalista Biaggio Talento, noticiário de 17 de novembro de 2015. Nessa reportagem,
falando a um grupo de empresários baianos, o governador Marconi Perillo,
explicou o projeto de terceirização. Segue alguns trechos com transcrição
direta da entrevista com o governador goiano:
Governador quatro vezes, Perillo
deu uma aula de liberalismo para empresários e políticos, nesta terça-feira,
17, em Salvador, em evento promovido pela Lide-Bahia (Grupo de Líderes
Empresariais). Classificando a lei de estabilidade do funcionalismo público
como "a coisa mais imbecil e mais burra que existe" e a Lei das
Licitações como protetora mas que entrava. Disse que para fazer sua gestão
funcionar, já terceirizou toda a área de saúde e "como deu certo"
será "o primeiro governador a terceirizar na educação".
"Muita gente está de olho
no que vamos fazer lá [na educação de Goiás] Não consigo ver a educação
avançando com sindicatos agressivos e essa coisa de professor pedir licença
para tudo a qualquer hora. Vou conseguir chegar a uma melhoria na medida que o
mau professor ou professor relapso, ou professor que não cumpre suas metas,
possam ser desligados. Só no fato de a gente quebrar a espinha da contratação,
de definir metas claras, será uma outra coisa. Mas não pode haver aumento de
gastos em relação ao modelo antigo, senão não vale a pena".
O governador contou uma
história ocorrida na greve dos professores de Goiás esse ano para mostrar não
ter medo de enfrentar o sindicalismo. "Fui num evento e tinha um grupo de
professores radicais da extrema esquerda me xingando. Eu disse: tenho um
remedinho pra vocês. Colégio Militar e Organização Social. Identifiquei as oito
escolas desses professores. Preparei um projeto de lei e em seguida militarizei
essas oito escolas. O Brasil está precisando de 'nego' que tenha coragem de
enfrentar". Foi muito aplaudido [pelos empresários que o ouviam].
Perillo disse ter descoberto também que o Sindicato dos professores estava descontando um percentual dos servidores para a entidade, sem autorização. Os recursos eram usados para custear propaganda contra o governo na TV. "Estavam arrecadando R$ 750 mil por mês. Mandei cortar", disse, afirmando que não pretende "fazer graça com esse pessoal que não está preocupado em melhorar a educação".
Fonte:http://atarde.uol.com.br/politica/noticias/1727346-goias-vai-terceirizar-a-educacao-apos-experiencia-na-saude
Perillo disse ter descoberto também que o Sindicato dos professores estava descontando um percentual dos servidores para a entidade, sem autorização. Os recursos eram usados para custear propaganda contra o governo na TV. "Estavam arrecadando R$ 750 mil por mês. Mandei cortar", disse, afirmando que não pretende "fazer graça com esse pessoal que não está preocupado em melhorar a educação".
Fonte:http://atarde.uol.com.br/politica/noticias/1727346-goias-vai-terceirizar-a-educacao-apos-experiencia-na-saude
E muito triste presenciar um fato deste,essa gente que só pensa neles,só nos intereses deles,pois em momento algum eles pensam na estabilidade do professor com a privatização da Educação pois o maior objetivo de um professor e um dia poder passar em um concurso e ter uma estabilidade melhor e eles querem tirar esses direitos com essas os.
ResponderExcluirEntão Marcionil, nós professores queremos intervir no mundo, mas queremos também ter resguardado o direito à nossa dignidade, o que inclui segurança no emprego. Mas o governo também quer garantir a sua "segurança no emprego". Resultado, espera acabar com a única coisa que ameaça a sua própria estabilidade, servidores com um certo nível de autonomia.
ExcluirO fato de pensar que um remédio é eficaz para um paciente, não significa que surtirá o mesmo efeito em todos os outros, pois cada caso tem um histórico diferente. O pensamento do governador segue assim: já que deu certo na saúde, dará certo na educação!
ResponderExcluirSinceramente, discordo, pois desde quando a saúde em Goiás anda tão bem assim? Desde quando os problemas na saúde são iguais aos da educação. O pensamento de melhoria é lindo, mas esse dito remédio resolverá o problema na educação, ou só agravará mais os problemas existentes?
Sem contar que é bastante abusivo o sistema de repressão implantado em quem tenta expressar sua opinião (quando esta é contra os conceitos egoístas de uma elite que se sente poderosa por não sofrer as consequências de suas ações), somos seres livres, temos total direito de expressar o que pensamos e agir conforme acreditamos ser o correto, e principalmente de sermos responsabilizados pelos nossos atos e comentários, porém, sermos responsabilizados apenas quando realmente errados. Porém qualquer mudança para melhoria de qualquer área que seja, inclusive na educação só será realizada a partir do momento em que mudarmos nossa forma de pensar e principalmente de agir, não podemos querer escolas melhores, com profissionais melhores e alunos melhores, se continuarmos da forma que esta.
Muito bem Leylane, também penso assim. É preciso considerar ainda, dentro desse seu raciocínio, que a educação em Goiás tem números excelentes, quer dizer, do ponto de vista da numerologia, tudo está bem. Se os índices do IDEB estão bem, o que o governo quer melhorar? Com toda certeza o seu controle sobre a educação. Ademais, a saúde agoniza, não houve avanço.
ExcluirNão consigo compreender o porque do SR. Marconi Perillo, entregar as escolas as OSS, não e ele mesmo que vivi se enaltecendo por Goias ser o estado numero um do pais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino médio na rede estadual, então o porque de simplesmente destruir com a estabilidade do professor? Porque fazer uma mudança radical em algo que vem dando certo? Segundo o mesmo, a estabilidade dos professores os levam ao descaso e descomprometimento com o seu trabalho, então me explique como um estado de professores "descomprometidos" com a educação e o numero um do pais no IDEB sr. Marconi?
ResponderExcluirE se a intenção e realmente melhorar a educação em Goiás, porque não começar com a valorização dos professores, tendo em vista que esse reconhecimento e mais que justo, já que profissionais que trabalham para um estado que e comandado por um ditador que se acha superior ate a própria constituição, conseguem resultados tão expressivos mesmo trabalhando em condições precárias e com uma remuneração vergonhosa.
Comentado por: Josiel Felipe de Souza.
Josiel, você foi ao ponto. Não se trata de melhorar os dados de desempenho da Educação Básica Estadual, mas de desmontar a estrutura de "afronta" que existe entre um grupo que ousa publicar a lista dos políticos inimigos da educação, como também garantir caixa de campanha.
ExcluirDisposta no artigo 41 da nossa Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/98, a estabilidade nada mais é do que uma garantia concedida aos servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, após o decurso de três anos de efetivo exercício.
ResponderExcluirComo garantia constitucional de permanência no serviço público, do servidor estatutário devidamente nomeado, em virtude de concurso público, após o transcurso dos três anos exigidos pela Constituição Federal, a estabilidade revelou-se, de um lado, um importante mecanismo de amortecimento das incertezas do mercado; e, por outro, assumiu papel de verdadeira condição de prêmio àquele que, após longo caminho, que vai do concurso ao término do estágio probatório, demonstrou plenas condições de bem desempenhar o cargo público.
O governador ao classificar a estabilidade do funcionalismo público como: "a coisa mais imbecil e mais burra que existe" ele rasga a Constituição Federal, revelando-se, dessa forma, contrário ao concurso público.
Fernando Cavalcante,
Aluno do curso de pós-graduação em Docência no Ensino Superior - UEG- Campus Niquelândia-GO.
E você ainda poderia acrescentar, desrespeita a Lei Federal, conhecida como LDB, Lei 9.394/96 que em seu Artigo 67, I que diz: "Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
ExcluirI – ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos.
Colocação oportuna Professor Moisés. Quem tripudia a Constituição Federal, que encontra-se no topo da pirâmide das Leis, vai ferir de morte uma Lei Federal.
ExcluirRealmente devemos pensar e repensar em quem votamos, quem vai nos representar... É vergonhoso me lembrar que já votei neste cidadão que hoje ocupa o maior cargo político do meu estado (Goiás). Enquanto precisamos de políticos compromissados com a vida pública, governantes que defendam a classe sofrida da educação, Marconi Perillo vem a público e diz, classificando a lei de estabilidade do funcionalismo público como "a coisa mais imbecil e mais burra que existe". O meu voto nunca mais ele terá. Chega! Cansei de ser "imbecil"!!!! (Wanusa de Sousa Freitas Rosa - UEG - Pós Niquelândia).
ResponderExcluirWanusa esse é um projeto de governo que podemos chamar de Liberal. A essência é a defesa de que o Estado não deve manter controle sobre serviços, mesmo que básicos. Esses serviços, com exceção da segurança, devem ficar à cargo da iniciativa privada. Marconi tem ido mais longe nesse projeto porque ele próprio tem um projeto, a manutenção do controle sob o Estado de Goiás por tempo indeterminado.
ExcluirQuantos Pantojas mais teremos que enfrentar, abrindo fogo contra nós do MSE (Movimento dos Sem Educação), mas também sem saúde, sem segurança... As ações desse coronelzinho, o qual foi posto lá por voto direto por quatro mandatos, sendo o maior beneficiário da democracia no estado de Goiás, não fere só a constituição, fere a dignidade de gente comum que busca o direito de ter um trabalho estável, fere a "ânima" de uma classe que deveria ser respeitada mais que qualquer outra, destrói o pouco que resta de esperança naqueles que se dedicam e se submetem a um concurso público para, com qualificação, tornar o estado mais forte. Não entendo bem o porquê desse homenzinho de "sub-patente" chamar de imbecil e burro o fato de se ter pessoas qualificadas servindo ao bem comum, Não sei!
ResponderExcluirSaulo, esse é o problema da democracia representativa, a formação de uma elite política em torno da qual orbita o poder. Mas, diante de tudo isso, nos cabe acreditar e ressistir.
ExcluirÉ lamentável ver a postura de um representante do povo agindo dessa forma. Não entendo bem o projeto de privatização do ensino, até porque não atuo diretamente nessa área ainda. Porém, vejo que atualmente o sonho da grande maioria dos profissionais recém formados é a aprovação nos concursos públicos, onde garantia de estabilidade é o principal atrativo. Como pode agora um governador chamar de imbecil o fato das pessoas buscarem melhorar suas condições de vida através de um trabalho realizado em prol da sociedade. Infelizmente sinto que ele não está nem um pouco preocupado com as situações dos professores e dos milhares de alunos da rede publica que sofre com uma educação precária, até porque os filhos e parentes dele não necessita desse tipo de serviço.
ResponderExcluirWilker Emanuel de Lima
Aluno da Pós-Graduação - UEG Niquelândia
Wilker, o projeto do governo é de controle. Se o governo fosse bom, se zelasse pelo bem estar social, não haveria muito que suspeitar, mas o que aí temos...
ExcluirSe ler bem claro no Art. 214 da LDB , Lei nº 9.394 /96, a mesma estabelecerá o plano de educação, de duração plurianual, visando à articulação e o desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do poder público que conduzam à: I- erradicação do analfabetismo; II- universalização do atendimento escolar; II- melhoria da qualidade do ensino; IV- formação para o trabalho: V- promoção humanística, científica e tecnológica do país. Pois bem com base nesse artigo teríamos uma educação de qualidade, onde fossem possível preparar pessoas para aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. Todos tem igual peso, igual força e nenhum deles poderá ser subestimado. Esse governo não pode ter maior força que a Lei maior do nosso país a Constituição, que garante estabilidade ao funcionário público concursado e ensino de qualidade a todos. Tudo que ele propõem para as Os está na LDB e na Constituição Federal é só cumprir e teremos ensino de qualidade. Não acredito que seremos vencidos.
ResponderExcluirIlda, que bom. Estamos todos conhecendo e discutindo a Lei. Isso é muito bom. Ainda tenho fé no que virá.
ExcluirQuando o governador classifica a lei de estabilidade do funcionalismo público como "a coisa mais imbecil e mais burra que existe". Eu discordo pois o professor estuda, se qualifica investe em conhecimento para ministrar aulas e para passar nestes concursos e para tanto ter as merecidas estabilidade, onde hoje o professor contratado fica de escola em escola prestando serviço, sem direitos só com os deveres. E o mesmo tentará resolver este impasse com a implantação das OSs, onde no meu ponto de vista a elaboração do plano pedagógico das escolas e o próprio ensino poderá ser prejudicados. Em que a escola gerida pela OS deixará de existir a participação da comunidade. E com a implantação da mesma fere a constituição! Pois a LDB diz que a escola tem que girar em torno do PPP, que deverá ser elaborado pela comunidade escolar. Sendo indissociável o pedagógico do administrativo. O ensino público se tornará limitado e os alunos perderá a possibilidade de uma educação completa neste processo. O que ele pretende fazer é transformar o ensino em uma educação instrumentalizada. Extinguir o ensinar, o dar aula para treinar os alunos para que eles consigam bons índices de verificação do ensino, o que não significa maior aprendizado. Limitando assim a matriz de formação do aluno.
ResponderExcluirQuando o governador classifica a lei de estabilidade do funcionalismo público como "a coisa mais imbecil e mais burra que existe". Eu discordo pois o professor estuda, se qualifica investe em conhecimento para ministrar aulas e para passar nestes concursos e para tanto ter as merecidas estabilidade, onde hoje o professor contratado fica de escola em escola prestando serviço, sem direitos só com os deveres. E o mesmo tentará resolver este impasse com a implantação das OSs, onde no meu ponto de vista a elaboração do plano pedagógico das escolas e o próprio ensino poderá ser prejudicados. Em que a escola gerida pela OS deixará de existir a participação da comunidade. E com a implantação da mesma fere a constituição! Pois a LDB diz que a escola tem que girar em torno do PPP, que deverá ser elaborado pela comunidade escolar. Sendo indissociável o pedagógico do administrativo. O ensino público se tornará limitado e os alunos perderá a possibilidade de uma educação completa neste processo. O que ele pretende fazer é transformar o ensino em uma educação instrumentalizada. Extinguir o ensinar, o dar aula para treinar os alunos para que eles consigam bons índices de verificação do ensino, o que não significa maior aprendizado. Limitando assim a matriz de formação do aluno.
ResponderExcluirQuanto a classificação a lei de estabilidade do funcionalismo público como "a coisa mais imbecil e mais burra que existe". Descordo plenamente pois o professor estuda, qualifica e investe em conhecimento para ministrar aula e passar nestes concursos para alcançar a tão sonhada estabilidade, pois quando é contratado do estado fica de escola em escola prestando serviço ser ter direitos somente deveres. e o mesmo pretende mudar esta realidade com a implantação das OSs, onde no meu ponto de vista irá prejudicar a elaboração do plano pedagógico e no ensino. Deixará de existir a participação e gerencia da comunidade. Ferindo a constituição onde LDB diz que a escola tem que girar em torno desse PPP, onde o mesmo tem que ser elaborado pela comunidade escolar. Em que o pedagógico e administrativo são Indissociável. O ensino público se tornará limitado. Perdendo a possibilidade de uma educação completa neste processo. Pretende-se transformar o ensino em uma educação instrumentalizada. Inexistirá o dar aula o ensinar, com foco no treinamento de alunos para que eles consigam bons índices de verificação do ensino, o que não significa maior aprendizado. Limitando assim a matriz de formação do aluno.
ResponderExcluirE os que mais estudam, estudam pensando em aprovação em concurso público.
ExcluirEstou na Educação há 15 anos, sou concursada, me considero uma profissional responsável pelo meu trabalho, e minhas atitudes frente à Educação. Não vejo o porquê de mudanças se a lei é clara LDB, Lei 9.394/96 Art. 67, I que diz: Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público: I – ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos. Não concordo com o Governador quando ele relata sobre os profissionais da educação, desvalorizando os mesmos. É claro que existem aqueles “profissionais” que não tem comprometimento, mas vejo que é minoria se não o IDB não estava no patamar que se encontra hoje. Se não existir a valorização, o incentivo, os planos de carreira, não vai haver bons profissionais para o desempenho da educação no Estado de Goiás. Delma
ResponderExcluirEstou na Educação há 15 anos, sou concursada, me considero uma profissional responsável pelo meu trabalho, e minhas atitudes frente à Educação. Não vejo o porquê de mudanças se a lei é clara LDB, Lei 9.394/96 Art. 67, I que diz: Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público: I – ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos. Não concordo com o Governador quando ele relata sobre os profissionais da educação, desvalorizando os mesmos. É claro que existem aqueles “profissionais” que não tem comprometimento, mas vejo que é minoria se não o IDB não estava no patamar que se encontra hoje. Se não existir a valorização, o incentivo, os planos de carreira, não vai haver bons profissionais para o desempenho da educação no Estado de Goiás.
ResponderExcluirDelma
Pois é Delma, e a terceirização não será garantia de que os profissionais ruins deixarão de existir. É um discurso de eficiência quase sem nenhuma possibilidade de comprovação.
ExcluirA terceirização é um assunto polêmico, especialmente quando analisado pelos dois extremos em opinião sobre o assunto: empregado e o Estado. Não são raros blogs e sites com temática econômica tratando do assunto como um verdadeiro vilão para o trabalhador em geral. Nos últimos dias, o governador Marconi Perillo se envolveu em uma polêmica baseada na privatização. Sites e blogs especializados comentam sobre a fala do governador, que chegara a dizer que “a coisa mais imbecil e mais burra que existe” seria a lei de estabilidade do funcionalismo público, sustentando sua opinião com exemplos do passado, como a privatização da saúde( ao entregar a gestão de hospitais para a OSS), garantindo que a prestação de serviço melhorara significativamente. O governador chegou a citar militarização de escolas orgulhosamente, como medidas corretas e ideais.
ResponderExcluirO grande problema ao se pensar na privatização não é o desemprego, ou a insegurança total pelo trabalhador, mas sim o descaso do próprio governo. Saúde, educação, segurança e, por que não, trabalho são condições mínimas que o Estado deve gerir à sociedade para que esta possa existir em seu mínimo de dignidade, seu mínimo existencial. Como um governante, um representante do povo, pode dizer que prefere ter obrigações do Estado sendo cumpridas por terceiros? Como haverá certeza de que estes serviços estão sendo corretamente executados? E mais, o trabalhador- que já paga seu imposto para receber tais benefícios- pagará ainda mais para receber o mesmo recurso, porém agora advindo de um terceiro?
Como se não bastassem os problemas de insegurança pelo trabalhador, há o eminente perigo de fraudes envolvendo a terceirização. O exemplo mais gritante nos últimos anos é a Petrobras, que em 2010 abrigava uma proporção de 3,6 funcionários privatizados para cada 1 aprovado em concurso. O resultado não poderia ser diferente do esperado, recentes escândalos de desvios de rota da empresa, favorecimentos ilícitos através de barganhas financeiras obscuras, fortalecem a necessidade de austeridade moral e restrições de gastos, que são favorecidas pela terceirização.
Há de se pensar seriamente no tema com cuidado, a terceirização pode sim vir a ser de grande ajuda para o governo (que claramente não consegue arcar com suas responsabilidades), mas não deve ser idealizadas; no final, pode acabar trazendo mais malefícios que benefícios. O mais assustador é que, diante dos malefícios que a terceirização na educação pode causar, a sociedade goiana mantém os braços cruzados, não fazendo nada diante de tais decisões governamentais.
Fátima Pereira Soares
Pós-Graduação em Docência do Ensino Superior- Niquelândia
Fátima, acho que o problema é que as escolas se tornarão moeda de troca para financiamento de campanha. Os investimentos não serão em escolas, mas em empresas. Isso somado ao problema, é claro, da estabilidade através do concurso, que é Lei.
ExcluirComo pode uma personalidade formadora de opinião ter uma visão distorcida do sistema de educação, não conheço o teor da proposta das OSs, apenas sei que é uma maneira de acabar com a estabilidade dos funcionários públicos, pois segundo comentário do Sr Marconi Pirillo a tercerização já "deu certo" na Saúde. Logo nada o impedirá de seguir em frente acabando com o funcionalismo público. Não concordo com a opinião do Governador, ele foi arrogante e imbecil em atacar uma classe que sofre com falta de recursos para trabalhar e garantir um resultado positivo. O professor não recebeu recurso financeiro de empreiteiras nem chegou lá por voto direto, ele teve que investir em conhecimento, teve que estudar e passar por uma serie de etapas até chegar onde chegou. Ora se a educação no estado (classificação no IDEB) de Goiás é motivo de orgulho para que mexer no que está dando certo. O que pode ocorrer com a implementação das OSs é uma queda na qualidade do ensino, pois já executei vários trabalhos de terceirização de setores e que o resultado não foi bom, tivemos até que primarizar um setor que não deu certo. Comparando com a terceirização ocorrida na indústria no Brasil, o que tenho visto , é arrocho salarial e uma queda na qualidade da prestação dos serviços e exploração dos empregados. (Paulo André)
ResponderExcluirE a saúde, como todos nós sabemos, é um caos.
ExcluirQuanto absurdo um homem publico, representante do povo é capaz de dizer ou realizar com interesses próprios.
ResponderExcluirVejamos parte do Art. 205. da Carta Magna de 1988:
A educação, direito de todos e DEVER DO ESTADO e da família...
Nesse contexto fica claro que a primeira colocação da Lei maior define como principal responsável pela Educação o representante do povo, nessa contextualização o Estado de Goiás, então transferir execução de responsabilidades é o ato mais covarde que um líder pode realizar para começar...
Seguindo para o Art. 206 da mesma normatização;
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
...
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei
federal.
...
Fica evidenciado que qualquer alteração no forma educacional depende de Lei Federal, dessa forma um Estado Autônomo não tem condições de mudar uma forma organizacional definida em esfera superior. A titulo de explicação a Educação privada - atua como uma forma alternativa, com concessão de funcionamento baseado no liberalismo e capitalismo, porém não podendo substituir, como supracitado a educação publica...
Essa usurpação de poder que o Sr. Governador do Estado de Goiás visa, não encontra respaldo legal, nem constitucional, mesmo ele tentando deturpar a interpretação constitucional o quanto queira...
Socialmente, esse ato desesperado nada demonstra a incapacidade de Gestão Educacional que ele possuí para melhorar cada vez mais a área educacional, além de se concentrar em uma alienação dos professores de uma forma geral, pois com o mecanismo de desligamento ex officio, esse profissional será obrigado pelos gestantes da OS a seguir um ensino regido pela organização e não focado em todo clamor social, assim manipulando os estudantes em sua forma de pensar, pois professores são "guias", exemplos, modelos a serem seguidos socialmente.
Se usarmos a analogia com outros entes da federação, como o Distrito Federal é possível verificar que o ensino público remunera melhor, incentiva com cargas horarias mais condizentes com a necessidade laboral e constantes reformas escolares, em melhores situações que o privado, onde professores são mais motivados em escolas publicas do que nas privadas. No Distrito Federal está longe de chegar à necessária valoração, mas em Goiás nota-se a busca por um claro retrocesso na educação guiada por um líder que verdadeiramente não se preocupa com a sociedade.
Em qualquer lugar do mundo o processo educacional busca aproximar a sociedade, o profissional, o aluno e o Estado na melhoria social de maneira geral através da educação. Já um homem publico, formado, líder produzir falacias, realmente a que ponto chega a arrogância entre outros detalhes desse Governador, ele poderia apresentar uma proposta de Emenda Constitucional acabando com o foro privilegiado de representantes do poder executivo, podendo ser exonerado do cargo por não cumprir as metas necessárias impostas legalmente, acontece constantemente ou promessas realizadas por ele mesmo....
Pior é a politica de pressão que está exercendo atualmente nos professores concursados para considerem esse plano ridículo dele a melhor opção no momento, destarte um "tiranismo" evidenciado em suas recentes atitudes contra a classe que mais merece valorização social, pois nenhuma outra classe de profissionais pode existir sem o ensinamento do professor. Pressões, ordens e manipulações que a mídia não anda divulgando devido aos interesses escusos, manipulação evidente por parte desses políticos do Estado de Goiás.
Então Doriel, você que é operador do direito, como se explica a supressão da CF e da LDB? O que ocorre é isso, o governo substitui, por suas decisões, leis que são federais e que deveriam valer para todos os estados.
ExcluirA Lei mesmo ja existente pode e sempre será afrontada, não só CF/88 e a LDB, como também outras normatizações. O que peca são as pessoas prejudicadas pouco se importarem ou tomarem posicionamento, pois mesmo o sistema juridico precisa de ser provocado contra tais barbáries...
ExcluirEntão talvez o principal problema seja a inércia profissional e social que aceite a situação, pois os "Remedios jurídicos" existem, assim como as demonstrações de insatisfação social, que são amparadas legalmente...
Na verdade o ponto de vista do Sr. Marconi Perillo tem o intuito puro e simples de resguardar seus próprios interesses enquanto governante. De posse de um discurso caloroso e enfático ele tente expor em palavras simples o quanto as reivindicações dos professores concursados são danosas para o processo educativo do Estado como um todo. Tenta valorizar a terceirização e a militarização das escolas como se estas fossem o divisor de águas na melhoria do ensino. Verifico, também enquanto educadora, que a valorização do ensino se faz com professores ativos, críticos, capazes de lutar por seus direitos e que não se rendem a um sistema apostilado como o que querem implantar com as OSs. A estabilidade nesse processo resguarda a dignidade do professor que não aceita ser desqualificado e ganha força legal assegurada pela própria Constituição Federal como muito bem citou o colega Fernando Cavalcante.
ResponderExcluirRosangela A. S. Silva - Aluna do curso de Pós graduação em Docência do Ensino Superior - UEG.
Sim, resguardar seus próprios interesses. Acho que é isso mesmo, garantir um projeto de permanência no poder a longo prazo.
ExcluirDiante do relato do então governador de Goiás, fica a preocupação com os pensamentos deste representante do povo, quando ele classifica a lei de estabilidade do funcionalismo público como a "coisa mais imbecil é mais burra que existe". Eu acredito que foi infeliz nesta fala, pois os professores se qualificam para melhor levar o conhecimento às pessoas e visando ter uma estabilidade se propõe a fazer um concurso público.
ResponderExcluirCarliane Pereira
Acho que não só infeliz. Foi reveladora do que passa por essa cabecinha tucana.
ExcluirHoje o que vejo são situações causadas por falta de organizações, digo mais por falta de união da classe Educacional. Simplesmente, foi protelando essa privatização, joga-se a primeira labareda de fogo e ninguém faz nada, joga-se a segunda e ainda pensam em seus próprios "umbigos" e por fim a fogueira está em chamas e todos perdidos sem saber o que fazer. A Educação tem que ser vista primeiramente pelos educadores, temos que vestir a camisa da Educação, temos que pensar que somos uma classe formadora de opinião e que se bem estruturada jamais será passada para trás. A privatização da Educação, a questão da estabilidade do funcionalizamo, não passa de um jogo de transposição de responsabilidade, ou seja "eu pago, eu tenho como cobrar" ou então "a educação não vai bem a culpa é deles", não acredito que isso vá dar certo e nem concordo que vá adiante e enquanto isso nós faremos o quê? Ficaremos a ver navios deixando as coisas acontecerem? Outra coisa, como serão essas licitações? Editais e etc? Temos que estar atentos a diferentes detalhes que estão camuflados nessa "lindeza" de discurso.
ResponderExcluirAcredito que nós educadores temos que mudar a nossa postura e nos valorizarmos mais e que só a partir daí os "outros" começarão a nos respeitar.
Carmem Lúcia Costa de Oliveira Ferreira
Carmem, é como a história do invasor que vai entrando no jardim, pisando em gramas e, aos poucos, acabando com tudo diante do silêncio de quem deveria reclamar.
ExcluirTenho vontade de rasgar a página quando leio algo tão "baixo". Não vou criticar o sujeito, pois, não é o momento oportuno, mas quanto a sua atitude agressiva em relação a nós professores, só tenho críticas. É um absurdo! Sinceramente, se um concurso é a nossa segurança dentro do mercado de trabalho, esse Governador está planejando acabar com essa profissão. Quem vai querer ser professor? Se a cada dia aumenta a insegurança dentro da sala de aula. Se a cada dia o professor é vítima de seus próprios alunos. Desse jeito o nosso representante quer pisar em nós professores e mostrar que ele manda. Só isso! Simplesmente estou indignado com a postura do nosso representante, pois, sou professor concursado e lutei para alcançar esse objetivo. Além da paixão pela profissão, o concurso foi meu incentivo e, tenho certeza que todos os acadêmicos que cursam licenciatura se preparam com esse mesmo objetivo.
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ResponderExcluirO trágico é não fazermos nada. Os meninos de São Paulo [alunos] deram um bom exemplo. E nós, o que temos feito?
ExcluirAcredito que V.Exa. Sr. Marconi Perillo estava sob efeito de drogas neste evento (rsrsrs), pois o que ele quer fazer é nos tornar em “fantoches” para manipular quando bem entender; onde que a saúde melhorou com a terceirização??? Se ele não consegue ver a educação avançando com sindicatos é porque ele sabe do poder das pessoas quando estão unidas por um propósito. A constituição federal de 1988 reconhece o direito à sindicalização, à greve, à luta pela dignidade, e em seu art 8°, iii reza que “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas".
ResponderExcluirOs profissionais de ensino trabalham na expectativa de transformar a vida das pessoas, fazer a diferença de uma maneira onde todos serão beneficiados. Porém o descaso que o governador tem em incentivar o professor chega a ser ridículo, pois seria como se os professores trabalhassem por obrigação e então através da O.S. (Organização Social) ele usará métodos para este profissional alcançar as metas sem nenhum reconhecimento merecido e sim através de pressão e punição.
No meu ponto de vista tudo isso parece ser uma “vingancinha” de menino mimado, porque ele tem informações sobre a insatisfação desses professores e da população com sua “governança” e lutam para mostrar o valor do professor na sociedade.
Flávia Mendes Rodrigues – Pós Graduação em Docência do Ensino Superior - UEG - Niquelândia
Boa discussão Flávia. Mas acredito que é mais do que vingança, é projeto de governo mesmo.
ResponderExcluirO que vejo é uma batalha entre professores e governo, vemos cada vez mais o governo como inimigo dos educadores. Acredito que ninguém conhece bem a escola do que o gestor aquele que sabe as necessidades reais da escola, alguém da comunidade dade que sabe as carencias de sua clientela. Tenho certeza que as OS colocarão incumbências para as escolas no sentido de mostrar serviço para o governo e nao para atender plenamente as necessidades de uma comunidade escolar. Carlos washington
ResponderExcluirQuanto a estabilidade eu penso que imbecil e tirar o direito que a classe já tem garantido pela constituição e também ele esta querendo quebrar a forca do sindicato em lutar contra as injustiças cometidas por ele com os educadores mas vai nadar e morrer a praia pois as OS's ao vão dar em nada estão so querendo amedrontar o povo e mostrar forca de poder. Carmelita aluna da pós docência Niquelândia
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