A primeira questão a ser entendida sobre a greve dos caminhoneiros é que não é uma greve e também não é de caminhoneiros. O que está em curso é um movimento que pretende criar o caos para dificultar as eleições que se aproximam, ou seja, um grupo que realmente pretende criar as condições para uma efetiva intervenção não democrática no Estado Brasileiro.
A situação é complexa. Primeiro porque não vivemos mais num Estado democrático porque desde 2016, quando o poder foi usurpado pelas elites capitalistas que puseram um fantoche no Planalto, a vontade do povo deixou de ser soberana. E, pior, não estamos mais num Estado de Direito, uma vez que a Constituição perdeu sua validade e estabeleceu-se a insegurança jurídica, como demonstra muito bem a vaidade dos Moros, dos Gilmar e dos Bretas - diferentes entre si, mas iguais nas atitudes.
Voltando ao caso da suposta greve, sabe-se que cerca de 70% a 80% dos caminhoneiros trabalham para grandes empresas transportadoras. Se a greve teria iniciado como movimento contra o preço abusivo do diesel seria uma demanda do patrão, que é quem paga o diesel, não do motorista, que apenas conduz o caminhão em troca de um salário.
Não temos uma greve. O saldo do que acontece agora, pode ser lido, com perspicácia, desde já. Vamos ver no que dá enquanto saldo político.