Orla do Rio Tocantins, Marabá Pioneira. Beleza que constrata com a miséria em toda parte. |
A cidade de Marabá ira completar cem anos. Seria bom, nessa data, e sobretudo considerando o projeto comemorativo desenvolvido pela Prefeitura, que se pensa sobre as enormes desigualdades sociais e sobre a situação de miséria e caos urbano em que vive essa cidade desde sempre. As festas política quase sempre lembram o pão e circo, porque fazem pensar que esta bem aquilo que está indo muito mal.
Da minha parte, considerando os salários e outros pagamentos que sei, ainda não estão em dias, acredito que pra muita gente seria um presente melhor, ao contrário do circo, que esse dinheiro fosse utilizado para legalizar estas situações.
Mas, afinal porque as prefeituras gostam de festas? Porque, por exemplo promovem o carnaval? Simples, não se trata tanto da vontade do político, pode ser mesmo que ele tenha aversão a isso. Mas ele sabe que o povo brasileiro tem uma visão muito limitada, muito imediata.
A esse respeito, certa vez em Belém uma freira amiga minha tentou fazer um menino trocar com ela um vidro de cola - que ele cheirava - por uma enorme fatia de bolo - o menino recusou porque, segundo ele, o bolo acabaria mais rápido que a cola... era um raciocínio lógico. Em Marabá, Uruaçu e tantos outros lugares Brasil afora, o povo ainda não chegou sequer a esse raciocínio de uma criança viciada. O povo quer, mesmo na desgraça total, a ferra. Talvez para esquecer, por um minuto, essa desgraça total.
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