sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O SOME CHEGA AO MURUMURU: EM BUSCA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO PÚBLICA PARAENSE

Prof. Pedro e equipe apresentam o programa à comunidade. 
Tenho escrito muitos textos sobre a educação. Nesse temática, privilegio a qualidade pensada a partir de programas exequíveis do sistema público regular de ensino. Hoje, 13 de janeiro, testemunhei a abertura do Sistema Modular de Ensino, o SOME, na Vila de Murumuru, em Marabá. Para a comunidade foi a realização de um sonho; para o diretor da 4a URE, Pedro Souza, a realização de um projeto de integralização do ensino público em comunidades cuja assistência ainda era deficitária. E o Murumuru era uma destas comunidades em que a oferta de ensino estava comprometida em função dos desafios estruturais no que diz respeito à garantia de efetivação desse direito da comunidade.

Murumuru é uma das comunidades mais importantes do município de Marabá. É uma vila com status de bairro. Está mais próximo de Morada Nova. A própria Morada Nova é um bairro distante mais de 30 km de Marabá, separada do resto da cidade, Marabá, por áreas de vegetação. Então, Morada Nova é distante de Marabá e Murumuru é distante de Morada Nova. São, portanto, bairros tão separados da cidade de Marabá que os moradanovenses não se consideram marabaenses, o mesmo sentimento existindo em relação ao povo da comunidade de Murumuru.

Uma coisa é a distância entre esses bairros, e entre esses bairros e a sede do município. Outro problema, no caso da educação, é que existe uma grande celeuma no que diz respeito ao transporte público escolar. Como o calendário escolar estadual e municipal são diferentes, os transportadores, que são pagos diretamente pelo município, embora exista a contra partida do Estado, se negam a rodar depois que o município inicia o recesso escolar. Em função disso, muitos alunos do ensino médio que moram em áreas rurais ficam sem aulas.

No caso da comunidade de Murumuru a solução encontrada pelo professor Pedro Souza, na direção da 4a. URE, URE Marabá, foi levar o sistema modular até a comunidade. E como é o sistema modular? Isso, vou escrever um outro artigo sobre o tema, tão logo inicie minha prática pedagógica como professor do sistema, fato a acontecer a partir de 24 de janeiro.

Equipe da 4 URE realiza matrículas do Ensino Médio no Murumuru.
Na manhã de hoje estiveram reunidos com a comunidade de Murumuru uma comissão da   URE, formada pelo diretor Pedro Souza, a responsável pelo SOME, Martha Elenice; bem como uma representante da Secretaria Municipal de Educação, Professora Margarida. Muitas pessoas estiveram presentes e houve a manifestação de interesse, e a efetivação de matrícula de algumas pessoas. Percebi, nessa ocasião, que boa parte dos interessados não são jovens, mas pessoas já com uma certa idade; mães e pais de família que nunca puderam estuar porque não podem deixar a comunidade, seja pela necessidade de cuidado com os filhos, seja por não poder perder o tempo necessário com o deslocamento até Morada Nova, onde os alunos da comunidade estudam até o momento. 

Então, do ponto de vista da oferta de ensino, acredito que implantar o SOME naquela comunidade garante, pelo menos, um princípio básico da Constituição Federal, que o dever do Estado de oferecer ensino público e gratuito. Isso é o que, a nível burocrático, pode ser feito. 


10 comentários:

  1. Valeu Prof. Moisés!! A comunidade de Murumuru merece esse benefício. Abraço

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  2. Com toda a sinceridade,
    O que vemos ai é mais uma ação impenssada, pois as aulas pelo que vi nas fotos de apresentação do inicio das aulas vão ocorrer funcionando em uma escola da rede municipal, aí nós veremos uma escola entrar em estado de depredação e estagnação em sua estrutura fisica, pois entendo que o correto seria o professor Pedro ir à vila anunciar a construção de uma escola da rede estadual e não este modelo ultrapassado e doente de acordo entre estado e municipio. Gostaria de saber se foi relatado por ele quem fará as reformas e quem encaminhará os materiais didáticos e pedagógicos para os professores e alunos?
    é claro que a comunidade merece, mas vamos receonhecer que ela merece muito mais do que isso.

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  3. SOU MORADOR DA VILA MURUMURU, E FIQUEI MUITO FELIZ AO SABER QUER O NOSSO POADO NAO TERIA MAS QUE SE DESLOCAR ATE MORADA NOVA PARA ESTUDAR, E SINAL QUE NÃO ESQUECERAO DAGENTE MUITO OBRIGADO.

    OBS.QUANDO EU ESTUDAVA EU TINHA QUE SAIR DE MURUMURU AS 11:00 ATE A VELHA MARABA ONDE ESTUDEI O ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO E SO CHEGAVA EM CASA AS 21:00 ERA MUITO COMPLICADO MESMO HOJE GRAÇAS A VCS ISSSO TUDO MUDOU MUITO OBRIGADO DE VERDADE

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  4. os administradores deveriam investir mais pois a população dos interiores estão sempre em ultimo lugar,por favor quem estiver lendo esse comentario me ajude estou a proucra de um rapaz chamado vitor daniel texeira desde 2008 nao tenho noticias dele ele morava na vila murumuru sua mae se chama irene ferreira cruz

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  5. Além de implantarem o some nessas comunidades carentes, deveriam dar pelo menos um estrutura e um suporte adequado ao professor para que ele pudesse desempenhar bem as suas atividades. A outra situação é enviar pra essas comunidades professores compromissados com a educação desses alunos e não professores irresponsáveis e descompromissados, que só trabalham, ou melhor, nem trabalham, pois faltam muito, vivem bêbados e se prostituindo com as alunas e usam e abusam do cargo.Se apoiam em políticos da região para se beneficiarem do cargo, pois não existe uma supervisão pedagógica do Some para punir esses professores vagabundos. Deveriam parar de contratar esses professores indicados de políticos 'safados" e promover concurso público para professores do some.

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    1. Caro leitor, respeito sua opinião e até acho que em alguns pontos você tem razão. Todavia, quero fazer algumas considerações. Fui professor do SOME, por pouco tempo é verdade, afinal hoje estou na Universidade Estadual de Goiás. Mas, tive excelentes alunos e acredito que fui um bom professor.
      É claro que o Estado não oferece a infra-estrutura devida e que muitos professores, principalmente os vindos de fora, Belém para ser mais exato, não têm compromisso nem são professores; são pessoas licenciadas e autorizadas pela politicagem. Mas, apesar de, ainda é possível fazer um bom trabalho.
      Quanto às acusações, é preciso ter cuidado. Por exemplo, prostituição é o sexo em troca de algo, geralmente dinheiro, se existe isso na sua região é crime e crime é algo que deve ser combatido. Agora se o que você chama de prostituição for o namoro entre o professor e alguma aluna, relação consensual e sem a imposição de troca valorativa material, aí a situação é outra.

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    2. É possível fazer um bom trabalho no SOME, a pesar da infra-estrutura.

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  6. Em Marabá existem muitos professores do some que são privilegiados, porque são apadrinhados desses políticos safados. Esses maus elementos não trabalham o Módulo de forma integral. Faltam muito, não justificam nada, SOMEM da comunidade e só aparecem para cobrar trabalhos dos alunos, dar as notas, ninguém fica reprovado, não sabe ministrar aula, pois a cachaça já destruiu todos os neurônios. O mais impressionante é que as coordenações do Some em Marabá e na SEDUC em Belém sabem dessa situação e não fazem nada, pois na maioria das vezes esses 'falsos' professores, fazem parte do curral eleitoral desses candidatos ou desses políticos que estão no poder, pois são indicados deles e dependem desses safados para conseguirem votos. Em época de eleição, a vagabundagem vai correr solta. Tem até professor do Some que é candidato a vereador. Em Itupiranga tem um cachaceiro, um tal de Kenedy, indicado desse governador safado, tal de Jatene. Ô educaçãozinha sem vergonha no Pará, meu Deus! Assim mano, nem Jesus aguenta.Um bando de canalhas se aproveitando da nossa ingenuidade de alunos.
    Um aluno revoltado...

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    1. Quero responder ao seu comentário fazendo algumas considerações. Você faz acusações graves, de cunho moral e criminal. Olha, se o professor vive bêbado, isso é um problema. Mas, se o professor prostitui alunas, é crime. Mas, você precisa discernir. Prostituição é a relação cujo motivador, da parte da aluna, é a troca do corpo por um bem material. Será que é isso que acontece? Porque não se pode falar em prostituição quando a relação é consensual e motivada por sentimento e não por troca de dinheiro.
      Concordo que existe falta de compromisso da parte de muitos professores, principalmente os de Belém, mas isso não acontece só no SOME, acontece tambbém nas escolas de ensino regular.

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  7. Discordo do nobre colega, mas, eu que já atuo no SOME há bastante tempo, percebo claramente que a realidade é totalmente inversa: a maioria dos professores irresponsáveis e descompromissados com a educação do SOME residem em Marabá e região.Pois o fato de morarem perto das suas famílias e de serem apadrinhados por esses políticos SAFADOS, usam e abusam do cargo.São os chamados "PROFESSORES TQQ', só trabalham terça, quarta e quinta e o resto da semana somem literalmente da comunidade, sem nem sequer dar satisfação aos alunos que pagam nosso salário. Infelizmente, tenho que falar isso dos meus ditos colegas de trabalho. Mas, isso é uma vergonha. E o pior de tudo, é que a coordenação do SOME em Marabá sabe de toda essa situação e não pode fazer nada, pois uma grande parte desses elementos são 'QI'de algum político vagabundo, que dá o cargo em troca de favores em época de eleição. Pois todos nós sabemos que quem manda nessas intituições educacionais são esses canalhas. Mas, eles tem que saber uma coisa: o mandato desses vagabundos acaba um dia, e com ele o emprego desse mau elemento vai junto também, pois o máximo que ele pode trabalhar, ou melhor, fingir que trabalha, é somente quatro anos, ou até o 'QI' dele ficar no poder. BANDO DE VAGABUNDOS E CANALHAS. POLÍTICOS SALAFRÁRIOS. MORTE A TODOS VOCÊS. NOJENTOS. VÃO PRO INFERNO CAMBADA DE MARGINAIS.

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